Seu
nome era Augusto e ele chegava todo dia na Rua Albuquerque Lins em frente à
estação de metrô Marechal Theodoro com o seu carrinho de flores.
Ele era
um homem Carismático. Dava-se muito bem com os clientes, como por exemplo, um
casal de idosos no qual um comprava flores para o outro, mas sempre separados, -
Augusto não sabia se mesmo que isso acontecia todos os dias, era uma surpresa
ou apenas a rotina. Ou o homem que sempre estava embriagado e oferecia a flor
para a primeira pessoa que encontrasse.
Mas o X
da questão é por que Augusto fazia aquilo. Por que ele vendia flores? Por falta
de dinheiro? Por obrigação de seu amigo imaginário, Jonhson? Para sentir o
cheiro das flores? NÃO, NÃO E NÃO. Ele fazia isso, pois gostava. Pois adorava
poder contribuir com amores que transformam a cidade. Pois não tinha ninguém a
quem amar. Não que ele fosse uma pessoa solitária. Ele tinha amigos, tinha
família, mas não tinha uma paixão. Não tinha ninguém com quem sonhar. Ninguém
para temperar sua vida. Para enchê-la de sentido. Ninguém para chorar.
Ele não
tinha ninguém para dar flores.