quarta-feira, 5 de dezembro de 2012


Maizena
                -Que maizena? A bolacha?
                -Não. A história que vou contar, é a história DO Maizena.
                                O Maizena, era o cara que tinha uma “banca” no Ibirapuera para alugar bicicletas, patins, patinetes, skates e equipamentos de segurança. O problema é que, ele tinha um negócio particular, num espaço público, e isso gerou alguns conflitos com a administração do parque. Então ele foi expulso de lá.
                Eu não me lembro muito bem dele, e pra mim isso não foi um fato tão marcante (tanto que eu só fui saber disso alguns anos depois), mesmo que quando era menor sempre alugava bike lá. Mas lembro bem da banquinha: ela era bem pequena, com bicicletas penduradas lá dentro. Ela ficava perto da marquise.
                Mas enfim, o que eu gostaria de dizer, é que o Maizena foi uma grande perda para aquele parque, mesmo para mim, que mal me lembro dele.


domingo, 28 de outubro de 2012


É Mais Barato que nos Outros Lugares!
                Meus pais tinham ido num lugar perto do Ibirapuera e deixaram-nos (eu e meu irmão) lá. Combinamos de nos encontrar dentro de uma hora na frente do parque.
                Depois de u ma hora na qual eu e meu irmão vimos caras improvisando um samba, um show de metal em nome da paz, e depois fomos encontrar meus pais na frente do parque, mas enquanto eles não chegavam, compramos uma coca cola dum homem que estava vendendo, dentro duma caixa de isopor, algumas bebidas. A coca custou apenas três reais (na maioria dos lugares custa três e cinqüenta). Nós agradecemos e fomos sentar num murinho.
Depois de mais ou menos um minuto, o vendedor veio até nós e começamos a conversar. Agora não me lembro o nome dele, mas lembro que ele falou que tinha nascido no Tucuruvi e, que de vez em quando, a família dele ia para a praia com a Towner que ele tem até hoje, e que, mais ou menos aos catorze anos, tinha ido trabalhar numa agência, e, um dia, enquanto trabalhava, viu um cartão postal do Rio de Janeiro com a imagem do Cristo Redentor. Desde então, o seu sonho se tornara ir para lá. Contou-nos que hoje em dia é casado, e tem dois filhos. No ano passado foi com o mais novo ao Rio e viu a imagem que tinha visto no cartão postal.
Por isso é tão bom andar na rua, para conhecer pessoas, conversar e se inspirar para fazer crônicas ou qualquer outra coisa.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012


A Filha do Homem no Metrô
                Eu estava no metrô com meu irmão, indo para a escola. Estávamos próximos a uma das portas e dois senhores conversavam perto de nós. Um deles não tinha metade dum braço e falava sobre a filha:
                -O casamento da minha filha vai ser chique, vai ser bem arrumado, só pra você ter uma idéia, só Buffet custou 15 paus, 15 mil reais.
                Então falei pro meu irmão que eu ia fazer uma crônica, e eu nem precisei dizer do que, pois ele já tinha adivinhado, e ele achou muito boa a idéia, tanto que, quando tinha desistido de fazer à crônica, pois ficaria MUITO pequena (menor do que já está), ele me convenceu de que eu deveria fazer, e que, qualquer coisa eu dava uma enrolada, que é o que eu estou fazendo agora.
                Depois disso, fiquei um bom tempo sem conseguir escutar nada do que eles falavam, mas depois, ouvi o outro (o que eu ainda não tinha ouvido a voz) perguntar:
                -A sua filha é a que trabalha na Sadia?
                -Ela diz que vai trabalhar lá até morrer -foi isso que eu ouvi- ela vem no carro da Sadia, vai com o carro da Sadia...
                Sinceramente foi isso que eu ouvi (isso sem contar umas coisas que eu tinha ouvido antes dum tal de Mathias que era concorrente de um deles), e sei que está meio curto, mas como já disse antes, meu irmão me convenceu a fazer esta crônica, que, no fim falou muito pouco sobre o que era para a falar, mas eu acredito que tudo funciona numa grande reação em cadeia, na qual uma coisa leva a outra.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Paraty


Palmas
                Eu estava em Paraty fazendo um trabalho de campo com a escola, e toda a noite discutíamos as questões sobre o que tinha sido trabalhado durante o dia em grupos. Então, duas de pessoas de cada grupo falavam o que tinha sido discutido no grupo.
                Em uma das noites que isso aconteceu, (na segunda, eu acho) quando do grupo que foi escolhido para falar, foram duas meninas, eu reparei que todos nós aplaudíamos quando elas terminavam de falar algo, mas não aplaudíamos a fala delas, e sim que estava mais próximo do momento de irmos para nossos quartos para ficarmos conversando ou dormindo. Depois de um tempo reparei que isso não se aplicava apenas aquela noite, (tanto que nas outras noites tinha sido a mesma coisa) mas sim a muitos casos, provavelmente em TODA a história do mundo desde que as palmas foram inventadas. Em muitas vezes só aplaudimos por educação, mas será que isso realmente é educação, será que mentirmos por educação não é um ato mal educado?
                Enfim, o que eu quero dizer, não é que um mundo sem mentiras seria ótimo, pois seria horrível, lógico que isso só por que estamos muito acostumados as mentiras que nos fazem sentir bem (por isso elas também são boas), mas o que eu quero dizer é que não devemos bater palmas ,pois aprendemos que é certo, como se tivéssemos sido programados para tal, como se fôssemos robôs e sim quando achamos que realmente vale a pena aplaudir.

lista


Manias
                Ao todo, em toda a história do mundo, existem algumas manias, e, nesta página, pretendo contar algumas delas.
                Minhas manias: ficar brincando com o garfo, falar que vou morar na ilha de páscoa, cantar de boca fechada (hum ham hum ham), pensar na vida, ser distraído, ser eu, querer ser diferente, achar divertido criticar as coisas, ficar feliz, ficar triste, se emocionar, errar e acertar
                Manias do mundo: querer ganhar dinheiro, querer ganhar poder, tentar prever o futuro, tentar ganhar poder a partir do dinheiro, tentar ganhar dinheiro a partir do poder, guerrear para ganhar poder para ganhar dinheiro, todas as minhas manias, querer ser diferente do resto, achar divertido criticar as coisas, pensar na vida, ficar feliz, ficar triste, se emocionar, errar e acertar.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Paraty


Barulhos Noturnos
                Eu estava em Paraty, mais especificamente na Pousada Jabaquara. Estava tentando dormir, mas não conseguia, pois os milhares de barulhos noturnos me incomodavam.
                Que barulhos? Oras! O ronco constante que seguia um compasso bem claro e rígido de meu companheiro de quarto. O ronronar do frigobar que de vez em quando parava, mas passados alguns minutos voltava, e eu não pensei em desligá-lo. Um “ploc...ploc” que não sei da onde vinha, mas parecia os cascos de um cavalo muito lento ou uma goteira.
                Mas, quando todos esses barulhos paravam, vinha o rei dos barulhos irritantes, o que o Simon e o Garfunkel chamam de “the sound of the silence”, o silêncio, e, quando ele vinha, vinha  junto uma esperança, uma vontade de que os outros voltassem.  

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Unidade


Gentileza?
                Não se prejudique, não prejudique os outros e não prejudique as coisas.
                Há poucos dias, minha vó, minha prima e meu irmão estávamos na casa da mãe de meu pai, e a filha da minha tia (que está hospedada na casa de minha vó) ofereceu sorvete avisando que o que tinha era pouco e mesmo assim meu irmão aceitou.
                Eu dei uma dura nele (feito um idiota) falando que o sorvete não era dele, e que como tinha pouco, era melhor deixar para minha vó e minha prima, mas ele retrucou:
                -Mas ofereceram!
                Ele estava certo, porém, nem sempre que oferecem esperam que aceitem, e foi isso que eu disse, e minha prima respondeu:
                - Sim, é verdade, mas desta vez, sinceramente, não foi o caso.
                Então, depois de todo esse meu discurso babaca, eu também aceitei o sorvete.
                Mas a questão é que não devemos nos prejudicar mesmo que seja para ajudar  os outros (não se prejudique).
                 Pois “é preciso saber viver”

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

olhar para fora


O tédio no transporte público
                De vez eu quando, eu fico me perguntando o que fazem aquelas pessoas que estão sozinhas no metrô ou no ônibus para matar o tempo. Eu raramente uso estes transportes sozinho (normalmente estou com meu irmão ou com meus pais) e assim, tenho com quem conversar, mas, quando estou sozinho, penso, penso na vida.
                Apesar de eu não ter certeza, eu acho que essas pessoas também fazem isso, pensam na vida, (apesar de eu ter um vício por isso) porém, elas também fazem outras coisas como ouvir música, dormir, ou, até mesmo, contar o tempo entre as estações. Mas as mais legais são aquelas que fazem amizades ali mesmo, na hora, e começam a conversar com desconhecidos. É lógico que se precisa de certo cuidado, mas não uma paranóia, pois, muitas vezes essas pessoas podem querer mais do que uma simples conversa.
                Mas e os que realmente não tem nada para fazer, isso se é possível não ter nada para fazer, pois, os que não fazem nada, não fazem nada por que querem , por que são ignorantes e não percebem que tudo pode ser um passa tempo, mas, acho que mesmo essas pessoas, inconscientemente, estão fazendo milhares de coisas para matar o tempo.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012


Procura-se
                Como diria o Blitz “Eu vou contar uma história que já aconteceu comigo, com você, e com todo o mundo. E ela é mais ou menos assim:”
                Sabe aqueles amigos que você pretendia ter pro resto da vida, mas acabam virando um saco e você nunca mais fala com eles? E aquelas amizades de verão que você até pega o telefone da pessoa, mas anota num papelzinho que depois de algum tempo você acaba por jogá-lo fora? Então, eu vou contar sobre algumas dessas amizades, as quais eu gostaria de por anúncios nos postes da rua procurando-as para que elas voltassem para mim.
                Eu tinha um grande amigo na minha pré-escola, um GRANDE AMIGO, nós dizíamos que éramos os melhores amigos do século e é claro, também tínhamos briguinhas idiotas que no dia seguinte já tínhamos esquecidos. Quando nos formamos no pré, fomos para a mesma escola, mas nessa escola já existia uma divisão social, na qual ele de ficou de um lado e eu de outro, porém, isso eu só percebo agora, como na verdade, ele entrou nessa nova modinha de fazer bullying ,e sinceramente, eu não sei por que era vitíma dessa idiotice, só por que eu não sou bom em educação física? (eu não presto a menor atenção) Só por que eu tinha boas notas? Sei lá, mas ainda assim eu sinto saudades não dele, mas sim da minha amizade com ele.
                Outra grande amizade perdida foi uma amizade de verão, uma menina que eu conheci num hotel fazenda quando eu tinha sete anos. Ela tinha um ano a mais que eu e ficamos super amigos. Ela começou a me ensinar a andar de bike e andávamos todo o tempo juntos, a não ser quando tinha que separar meninos e meninas (e nós odiávamos isso). Eu sei o que vocês devem estar pensando, e hoje em dia eu também penso isso, tanto que, de vez em quando, eu fico sonhando se eu a reencontrasse.
                Esse eu perdi há pouco tempo. Era um grande amigo (meu melhor amigo da minha ex-escola) que eu tinha conhecido através de outro amigo. Mas, como eu era praticamente o único amigo dele, quando ele ganhou mais uns três amigos, ele ficou se achando o máximo e começou a dar uma de valentão. De vez em quando eu fico pensando se fui eu que fiquei um saco e ele continuou igual, mas eu não percebo.


                

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

tema: o que se olhou ao olhar para fora


Só Porque é Triste o Fim
                Cá estava eu com meu irmão no metrô, indo para a escola. Perto de nós, tinha um senhor sentado, e eu, como um louco, procurando histórias nas coisas banais (exercício passado pela professora de português) pensei: “por que ele está com essa cara?”. E cheguei à conclusão de que ele levara um pé na bunda, um chute, um fora.
                Até agora, não tinha pensado em quem seria a mulher, mas acho que vai ficar bem interessante se for uma menina, uma mulher muito mais nova que o senhor, e que na verdade, desde o começo ele sabia que não daria certo, mas mesmo assim estava triste, pois, como diria o Paralamas do Sucesso “... só porque é triste o fim...”
                Uma vez eu li um livro chamado “visitas” no qual ele falava uma coisa certa, “não podemos deixar a nossa imaginação nos iludir”. Não que não imaginar não seja bom, muito pelo contrário, é ótimo, mas se a deixarmos correr solta, depois nos decepcionamos com a dura e chata realidade e eu sou a prova disso, pois, quando me dão alguma esperança, eu aposto tudo nela e, depois, me decepciono e eu acho que o velho também fez isso.
                Provavelmente ela o falara alguma coisa do tipo:
                -Desculpe, mas acho que isto não vai dar certo, nós somos muito diferentes.
                E isso foi o que mais o decepcionou, pois ele já esperava que isso fosse acontecer e sabia que não demoraria muito, pois já fazia um ano que eles estavam juntos, aquilo não podia durar mais muito tempo. Mas mesmo esperando isso, ele não estava preparado (e quem está?).
                Pra ser sincero, eu nem sei direito se a expressão que o senhor expressava era tristeza, mas do mesmo jeito que imaginar em excesso é ruim, pouco demais também, então amendoim!