A Filha do Homem no
Metrô
Eu
estava no metrô com meu irmão, indo para a escola. Estávamos próximos a uma das
portas e dois senhores conversavam perto de nós. Um deles não tinha metade dum
braço e falava sobre a filha:
-O
casamento da minha filha vai ser chique, vai ser bem arrumado, só pra você ter
uma idéia, só Buffet custou 15 paus, 15 mil reais.
Então falei
pro meu irmão que eu ia fazer uma crônica, e eu nem precisei dizer do que, pois
ele já tinha adivinhado, e ele achou muito boa a idéia, tanto que, quando tinha
desistido de fazer à crônica, pois ficaria MUITO pequena (menor do que já está),
ele me convenceu de que eu deveria fazer, e que, qualquer coisa eu dava uma
enrolada, que é o que eu estou fazendo agora.
Depois
disso, fiquei um bom tempo sem conseguir escutar nada do que eles falavam, mas
depois, ouvi o outro (o que eu ainda não tinha ouvido a voz) perguntar:
-A sua
filha é a que trabalha na Sadia?
-Ela
diz que vai trabalhar lá até morrer -foi isso que eu ouvi- ela vem no carro da
Sadia, vai com o carro da Sadia...
Sinceramente
foi isso que eu ouvi (isso sem contar umas coisas que eu tinha ouvido antes dum
tal de Mathias que era concorrente de um deles), e sei que está meio curto, mas
como já disse antes, meu irmão me convenceu a fazer esta crônica, que, no fim
falou muito pouco sobre o que era para a falar, mas eu acredito que tudo
funciona numa grande reação em cadeia, na qual uma coisa leva a outra.
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