Nos
últimos dias, tenho aproveitado a madrugada enquanto tempo de produção e
absorção cultural (assistindo o filme do Spirit, o do cavalinho, por exemplo).
Bom, a de hoje não poderia ser diferente, mas foi.
O fato
é que as três da manhã, terminando de correr os olhos pelas últimas linhas dum
livro que uma amiga me dera meses atrás, resolvi me arriscar no “mundo dos
sonhos”, mas o velho sábio que guardava o portão para o tal do universo
onírico, me barrou dizendo que não estava pronto para me aventurar em águas tão
desconhecidas. Quase chorando pela recusa do ancião, resolvi dar uma fuçada na
rádio pra ver o que tava passando de bom. Peguei um Lou Reed (walk on the wild
side, https://www.youtube.com/watch?v=4wNknGIKkoA) e resolvi deixar naquela estação.
Tentei novamente,
agora ao som da voz aveludada do locutor, mas a resposta do velhinho que vestia
uma fantasia de Merlim foi a mesma.
Levantei
e fui fazer um sanduíche semelhante ao que comera no jantar.
Sanduíche
do Jantar
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Sanduíche
da madrugada
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Pão francês
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Pão de forma
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Maionese de gengibre
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Pasta de abobrinha
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Pasta de abobrinha
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Peru
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Peru
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Ainda
com fome, daquele tipo que, no meio do tédio da madrugada, ataca a cabeça e o
estômago, resolvi que combinaria meu desejo alimentício a algo que ocupasse meu
tempo de forma a estimular minha criatividade.
-Brigadeiro?
– Perguntei.
-Brigadeiro.
- Respondi com aquele tom frio e impositivo de quem quer brigadeiro.
-Panela?
Não tem, serve uma frigideira? Pega uma funda. Tá aqui. Liga o fogo. Bota a
manteiga. Abre o leite condensado e joga lá. Abaixa o fogo, rápido, ta fazendo
muito barulho, alguém pode acordar. Taca o Toddy. Bota um pouco de café. – Fui falando
comigo mesmo e devo admitir que deu bem certo. O brigadeiro ficou “supimpa”.
É... É
engraçado como uma história acaba sem ter um fim. Quer dizer, o que mais eu
poderia dizer? Tudo que eu queria era contar a história de um brigadeiro, e
contei, mas ainda assim, o texto teve um fim tão suspenso, como se eu tivesse
esquecido a manteiga e o brigadeiro tivesse ficado grudado na frigideira que
usei por falta de panela...
Mas
não, eu botei a manteiga sim, me lembro bem disso. Bom, sei lá, acho que é só jogar
o dedo na tecla, “desenhando” um ponto na tela.
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