O que aconteceu foi mais ou menos o seguinte: eu havia
começado a escrever minha crônica no sábado, abusando dos recursos visuais do
Word e tentando criar uma linguagem um tanto quanto informal, que permitia uma
maior proximidade com o leitor, ao mesmo tempo em que criticava este truque, pois,
no frigir dos ovos, serve só para iludir o pobre coitado, que além de tudo, teria
de gastar sua visão com a leitura daquele pedaço de papel que seria bem melhor
aproveitado enquanto árvore, ou papel higiênico, daqueles tipo dupla-folha, com
cheirinho de rosas e tudo o mais. Porém, hoje (18/11/2015) a tarde, o
computador deu algum tipo de bug e desligou automaticamente. O texto que não
estava salvo, foi perdido e nem aquele recurso do Word que recupera textos
perdidos em desligamentos forçados, conseguiu recuperar o tal do texto perdido.
A
crônica era sobre uma crônica que buscava uma explicação para o sentido da palavra
“crônica”, tendo em vista que esta se apropriava de uma linguagem bastante
poética e até um tanto quanto romancista, para encontrar o sentido do gênero
literário, o que me deixou bastante confuso, já que, ao meu ver, a crônica deve explorar o mais banal e
cotidiano sem se deixar levar pelo expressionismo romântico, de forma a
apresentar uma reflexão sobre a rotina de todo o dia, fazendo com paremos para
observar o mundo a nossa volta e perceber coisas inúteis, mas que tem um
significado especial, o que me lembra uma boa música que ouvi outro dia ( https://www.youtube.com/watch?v=v7LBggDKEtM
), sobre a solidão humana e as relações que no fundo, apesar de tudo, fazem com
que as coisas pareçam um pouco mais reais, já que permitem o desenvolvimento da
consciência de um mundo para além do próprio ego.
Era
a partir deste ponto, quando eu mesmo caia num expressionismo romântico,
dizendo que são as relações do dia a dia que criam uma beleza na vida, que eu
começava a explicar que na verdade, eu não tenha nada contra a crônica que
tentava explicar o significado da palavra “crônica” e na realidade, a minha
impressão com relação ao sensacionalismo poético, foi uma coisa que passou
muito rápido, mas ainda assim, achei que seria interessante escrever sobre isso
e aproveitei esse campo de sinceridade que havia criado no texto, para
questioná-lo, dizendo como na realidade, qualquer tipo de intimidade entre o
leitor e o autor, não passa de uma pura ilusão.
Mas
agora, saindo do pretérito (odeio ficar escrevendo no pretérito), continuo a
reflexão aqui, nesse novo texto, que não é exatamente novo, já que é quase como
o antigo... Bom, na real que não tem mais muito que dizer, afinal, sintetizei
em um parágrafo todo o texto que perdi por conta do bug, o que simplesmente
demonstra a minha habilidade de enrolar idéias e de falar muito sem dizer nada.
Mas
acho que o mais importante e o ponto onde quero chegar é o seguinte: salve o
seu texto, sempre salve, a cada palavra salve, a cada letra salve e a cada
bug... É, o bug realmente fode tudo, mas tudo bem é parte.
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