quinta-feira, 16 de junho de 2011

Van Gogh
               Certo dia, na escola, a professora passou uma pesquisa sobre Van Gogh como lição de casa. Fernando não gostou nem um pouco disso, pois a professora havia passado esta lição na sexta feira e era para segunda e então ele teria de fazer a pesquisa no fim de semana.
            Enquanto voltava para casa, começou a chover muito forte e ele estava a pé e sozinho então procurou o celular no bolso para ligar aos pais e pedir para que viessem lhe pegar de carro, mas então ele percebeu de que havia esquecido o celular em casa e foi usar o telefone público.
            Quando discou o número do celular do pai de repente percebeu que estava entre vários números-1950, 1949, 1948... -e eles iam diminuindo até que chegou ao número 1873 e, de repente, caiu dentro deste. Quando se deu conta estava numa rua de paralelepípedos com pessoas muito simples andando nela e casas feitas de blocos de pedra com telhados de palha. Animais como porcos e cavalos andavam na rua.  
            Todos na rua o estranhavam, pois ele estava vestido de um jeito totalmente diferente: calças jeans, tênis ALL STAR camisa da GAP e etc.
            Depois de caminhar por mais ou menos meia hora, ele se deparou com um sujeito de barba vermelha e cabelo da mesma cor e penteado para trás. O garoto não acreditava q o estava vendo além do mais ele já havia morrido. Mas mesmo assim o menino gritou:
            -VAN GOGH!
-Sim- respondeu o sujeito de barba vermelha- você veio zombar de mim como os outros não?
-Imagine senhor!Eu aprecio muito sua obra.
-E por que eu deveria acreditar em você.
-Por que... Bem... Eu venho do futuro- respondeu o garoto começando a entender o que estava acontecendo.
-Então eu sou o lobo mau garoto- respondeu o artista com ar irônico.
-Não senhor eu estou falando a verdade. Da onde é que você acha que eu tirei esta roupa?
-Bom argumento, mas eu ainda não acredito.
-Eu também não! Mas por favor, acredite em mim!
-Está bem. Aliás, o que eu tenho a perder.
-Você pode, por favor, me informar aonde que eu posso passar a noite?
-Humpf você pode passar a noite na minha casa.
-Obrigado senhor.
-Mas não vá se animando, pois amanhã de manhã você vai ter de encontrar um jeito de voltar ao futuro se é que você está mesmo falando a verdade. Mas já que você vai passar o dia na minha casa mesmo deixe-me apresentar-me. Eu sou Vicent Van Gogh. E você?
-Fernando. Fernando Perreira da Silva
Fernando passou o dia inteiro com Vicent observando o artista fazendo quadros e esboços. Este contava coisas sobre a arte impressionista as técnicas e os grandes artistas e que seu sonho era um dia ir para a França e conhecer vários destes para se tornar tão bom quanto eles, mas que todos o desprezavam, pois não conseguiam enxergar novas coisas como a arte impressionista que era totalmente inovadora.
Com esses diálogos ele percebeu que existia uma grande injustiça com Van Gogh, pois a realidade era que ele não era louco, mas sim uma pessoa que enxergava muito mais a frente do que as outras ele era o tipo de pessoa que transforma o mundo e que na verdade as pessoas amavam a arte dele, mas ai descobrem que é dele e deixam de gostar, pois não conseguiam admitir que um homem tão pobre e simples fizesse coisas daquele nível.
  Quando eram mais ou menos 6 horas eles foram jantar e Van Gogh comentou com Fernando:
-Agora que eu já te contei um pouco sobre o que está acontecendo nos tempos de hoje então me conte um pouco sobre o futuro.
-No futuro você é um pintor muito reconhecido, As pessoas usam esse tipo de roupa que eu estou vestindo, existem tecnologias que vocês nem pensam, mas o preconceito apesar de estar diminuindo anda existe em abundância.
-A arrogância é um dos grandes defeitos da humanidade garoto e eu acho q é o q as pessoas tem de fazer é perceber o grande defeito e tentar evitá-lo, mas não são todos que pensam assim.
Após o jantar foram dormir e no dia seguinte Vicent acordou o garoto as 06h30min e eles foram tomar o café da manhã
Depois o Artista foi pintar um quadro enquanto o garoto o observava silenciosamente. Era um quadro muito bonito com um banco de pedra entre duas árvores e no fundo uma fonte.
Quando o artista acabou  o menino se aproximou para vê-lo melhor e, quando se afastou percebeu que estava num museu na Avenida Paulista, o MASP.

Nenhum comentário:

Postar um comentário